domingo, 11 de novembro de 2012

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A Poesia Indispensável

Quero voltar à questão da "literalidade" que já abordei.

Sinto falta dos momentos em que meus dedos eram dez loucos entregues às delícias de roçar o teclado e gerar palavras assimétricas, versos tortos e frases que flertavam com a incorreção estigmatizada pela ortodoxia gramatical.

Desde a publicação de JANAÍNA E A CHUVA e suas intermináveis revisões ( fiz dezoito delas) que vivo a seqüela de filtrar e reescrever tudo que nasce das minhas mãos.

Lembro-me da loucura de publicar CLEPSIDRA - CONTOS DO AMOR E DO TEMPO quase sem revisões, repleto de deslizes que muitos nem notaram, mas inteiramente fiel às intenções desenfreadas dos meus "dez loucos".

Há algo de transgressão na minha antiga despreocupação com a pureza de estilos ou mesmo na froteira artificial que criamos entre a prosa e a poesia.

Quando o recôntido estreito da gramática e da ortografia ( belo idioma é o grego que nos deu de presente prefixos tão eloqüentes) me capturou na justificável necessidade de "purificar" o texto de JANAÍNA E A CHUVA antes de expor o meu romance aos olhos do público.

Na verdade, meu maior sonho é abrir as páginas da Veja ou qualquer outra revista semanal e ler algum crítico execrando meu romance....

... quase consigo ler a sua indiginação diante de um "romance de amor com um final feliz".

Pobre mal amado.

Não pretendo ser o melhor escritor do mundo, muito menos ganhar o Nobel ou um assento na Academia Brasileira de Letras.

Meu único desejo é derrotar a certeza ortográfica,

Liberar a imaginação das amarras gramaticais,

Errar... Errar muito...

Errar despudoradamente....

Errar com prazer e emoção de quem não quer mais domar os "dez loucos"!

E, livre do ruido dos olhos atentos ao erro,

Reencontrar a Poesia Indispensável da vida,

E escrever Laetitia em paz.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Encanto pelo Futuro

Um fato notável tem acontecido neste início de século.

Estamos vivendo uma época de nostalgia de um passado que parece muito mais promissor do que o futuro.

A minha tese é que o 11 de setembro e o medo das conseqüências do aquecimento global mataram o futuro.

Lembro da minha infância e adolescência em frente à TV, fascinado com as aventuras futurísticas de Starwars e de 2001, Uma Odisséia no Espaço, imaginando um futuro de carros voadores, naves cruzando as galáxias e a monotonia dos trajes prateados.

2001, já passou...

2010, está chegando...

Lamentavelmente, ainda não temos naves cruzando o espaço: temos um mundo ainda chocado como a capacidade destrutiva humana, revelada na queda das Torres Gêmeas e assombrado com a perspectiva cada vez mais palpável de uma mudança climática irreversível.

Antes, tinha sonhos com o futuro.

Hoje, preocupo-me com ele....

Mas não cesso de SONHAR!

Muitos dos meus leitores elogiam a minha capacidade de antever o futuro, locando JANAÍNA E A CHUVA no início do século XXII.

Como fui capaz? Não fiz nada demais... apenas deixei a imaginação fluir e construi as realidades como bem desejei.

Apenas como um cenário para as histórias de amor das minhas personagens.

Em meu futuro, não vejo um planeta destruído pelo aquecimento global ou chagado por trágicas guerras.

Mas, um mundo de céus azuis, campos verdejantes, praias de espumas carinhosas...

Cenários perfeitos para amores intensos e vidas em plenitude.

Um mundo possivel? Acho que sim...

Sou um otimista incorrigível.

Espero que, ao menos desta vez,

A Vida imite a Arte.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O Véu Diáfano que Adorna as Palavras

Sinto falta do tempo em que as metáforas eram entendidas.

A "literalidade" das coisas que eu tenho lido em livros e na internet... E tenho visto em filmes me choca e me cansa.

Uma dos momentos mais intensos desta "literalidade" se tornou um grande sucesso de público em nossos cinemas: Tropa de Elite. Não assisti o filme por uma opção filosófica, mas, pelo que me contaram o filme é admirado justamente por expor a realidade nua e crua da violência e do tráfico nas favelas cariocas e a atuação da dita Tropa de Elite em seu combate.

A Tropa de Elite colocou as pessoas como eu, românticas e sonhadoras, numa espécie de exílio cultural.

Mas eu me recuso! Me recuso a abraçar a moda e transformar uma leitura realista da vida em objeto do meu trabalho de escritor.

Janaína e a Chuva é um exemplo disso.

Como bombons delicadamente guardados em sua caixinha, embalei cada palavra do meu romance com o véu diáfano das metáforas amorosas que colhi nas sutilezas das almas das pessoas que eu gosto.

Véus coloridos que subvertem os sentidos, suavizam os contornos... inundam as palavras com gotas de sonho... e faz com que todas as coisas façam sentindo.

E que cada palavra tenha o sentido que desejar.

Como a beleza de uma mulher adornada com véus e cetins,

As palavras pedem licença ao olhar e aninham-se no colo dos leitores... Como se quisessem nutrir-se de novos significados e tocar algo profundo em seus corações...

As palavras são o esteio da vida.

Envoltas nestes véus, as palavras ganham contorno e presença... Significado e santidade.

E se você conseguiu alcançar a matéria prima destes Véus,

Saiba que, sem perceber,

Ao tocar a textura da palavras e sentir a suavidade de sua urdidura,

Você sentiu, na ponta dos seus dedos, o sabor da minha alma.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O Tédio da Onipotência

Todo escritor se sente um deus.

Não falo isto numa pretensão vã de ter algum dom especial ou porque escritores sejam melhores do que os outros mortais.

Apenas porque o escritor reveste-se de divindade quando cria mundos, gera vidas, suscita histórias e define destinos. Eis aí a nossa divindade.

Quando penso na solidão de Deus ( com D maíusculo) antes da criação, sempre imagino-o como um escritor a morder a ponta da pena e com os olhos voltados para o vazio pensando nas palavras que irá esculpir. E quando criou o mundo, penso que Ele quis um mundo perfeito, repleto de simetria, beleza, estabilidade e simplicidade.

Aí sobreveio em nosso Escritor um tédio insuportável, como alguém que escreve um livro sem personagens. Um livro cujo final já estava definido nas primeiras linhas de sua obra.

É o Tédio da Onipotência.

E Deus preferiu despir-se desta Onipotência plena para criar um ser capaz de decidir e fazer escolhas,

Um ser capaz de surpreendê-lo e arrancá-lo do tédio.

A Raça Humana

Infelizmente muitas destas supresas foram ruins. Mas houve uma bela surpresa que suplantou todas as más notícias conseguiu superar as mazelas que a liberdade humana gerou.

A surpresa do Amor.

Em 2003, Janaína e a Chuva estava emperrado. Foi quando eu decidi abrir mão da minha onipotência tediosa e entregar nas mãos de minhas personagens o destino da História.

E Laetitia assumiu esse papel com maestria e precisão.

Consegui terminar meu romance, recentemente lançado, em menos de seis meses.

Despi-me da onipotência,

Para cobrir-me com o manto da contemplação.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Imersão e Encanto

Tenho um coração que se emociona com coisas triviais.

Durante esta semana, estava realizando um trabalho na Cidade de Senhor do Bonfim, no interior da Bahia. Me hospedei no hotel que considero a minha casa naquela cidade: Novo Leste, um belo hotel, por sinal, muito confortável e de bom gosto.

Uma das coisas que mais gosto no Novo Leste é o seu café da manhã. E em uma destas manhãs sonolentas, aconteceu um fato inusitado:

Ao chegar ao restaurante para me servir, notei uma bela morena sentada próximo à TV, coisa rara num hotel normalmente frequentado por homens. Percebi imediatamente o desconforto da moça nos poucos segundos que olhei para ela: Todos os homens, em sua maioria senhores de meia idade como eu, a olhavam com mais apetite do que para as iguarias do café da manhã.

Confesso que olhei para ela, sou um heterossexual assumido, mas não resisti em observar o modo como eles a olhavam: Nunca o sentido da expressão "comer com os olhos" se aproximou tanto do literal.

Percebendo a situação, evitei olhar para ela outra vez. Um misto de respeito e indignação se apoderou de mim. Poderia até ser uma indignação desenecessária, já que eles não fizeram nada demais, mas a minha excessiva sensibilidade me leva aos exageros.

Mas, quando notei que ela terminara o café e saira correndo do restaurante, sem deixar de me dar um olhar eivado de insegurança e desconcerto, imediatamente me senti no lugar dela. Com certeza, sendo mulher, não me sentiria bem sendo devorado pelos olhos sequisos do sexo oposto.
São experiencias de desconcerto como estas vividas pela moça do café da manhã que me levaram a construir Janaína. Colhi na feminilidade elementos de candura e fragilidade, amalgamados com uma extrema beleza física, para compor esta personagem.

Expondo-se à sanha pseudo-sedutora de Jean,o ex-namorado de sua irmã, Janaína foi vítima da maior humilhação que uma mulher pode sofrer: O Estupro.

Quando tive a idéia de expor uma personagem tão linda e frágil a um momento tão violento, quis constrastar forças aparentemente irreconciliáveis: O desejo muito mal contido que deseperta nos homens (inclusive eu) ao ver uma mulher interessante e a intensidade dos sentimentos de uma mulher que, muitas vezes, nem sabe que é tão bonita.

Daí vem um processo de imersão profunda na dita "alma feminina", indispensável na construção de belezas tão grandes... tão intensas que, algumas vezes, minam pela pele e se expõe aos olhos masculinos, tão míopes aos detalhes.

Eis o momento crucial: Optei em descrever o momento exato em que Janaína sofria tal violência... sob o ponto de vista dela.

Ao terminar o texto... Chorei.

Janaína precisava ser amada, depois de tanto sofrimento.

Depois deste momento, levei dois anos sem colocar uma letra sequer em Janaína e a Chuva

Imersão e Encanto...

Com mais intensidade, precisei colocar o meu olhar na alma das mulheres.

Só assim consegui concluir o meu Romance.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Caixinhas Delicadas

Complicaram o Amor.

Hoje, as pessoas esticam sobre si a pele impermeável da desconfiança... Uma couraça de defesas que as impedem de abrirem-se ao Amor.

Ah, Palavra cantada... decantada, mal cantada... desencantada... que é o Amor.

Não me surpreendo que o amor esteja morrendo de inanição: As pessoas andam superficiais demais... desatentas demais... Submergiram na montanha de inutilitários que a tecnologia as ofereceu... Ocupadas demais em apressarem-se para prestar atenção em uma coisa tão banal e irrelevante quanto elas mesmas.

Penso que as pessoas têm em seu coração uma infinidade de Caixinhas Delicadas, cada qual com uma forma, uma cor, uma chave e um tamanho. Em cada uma delas cabe apenas um sentimento: Amor, ódio, ternura, desejo, tesão, carência, enlevo, asco, medo, compaixão, premência, loucura, nojo e... e.... e... e..... encham as lacunas com os seus próprios sentimentos.

Sentimentos são entes puros demais para dividir espaço com outras emoções, em nossas Caixinhas Delicadas.

Em Janaína e a Chuva, meu Romance, Deborah vive o drama de não encontrar o homem que preencha as suas Caixinhas. Fausto e Fabrízio completam universos diferentes em sua feminilidade complexa e sutil. Mas muitas caixinhas permanecem vazias até últimos momentos da História.

Mas não se preocupem, Deborah será amada.

Ah, quase ia me esquecendo: Estas Caixinhas mudam de tamanho ao longo de nossas vidas... o que nos mexe hoje... amanhã nos causa tédio.

Eis mais um componente quase inacessível aos que apenas arranham a superficie das almas, nos amores vividos na correria dos nossos dias.

Amem ! Amem a mulher ou o homem que vocês escolheram... Há riquezas neste ser amado que nem mil vidas seriam suficientes para decifrar.

Amem! E ocupem as Caixinhas Delicadas do coração de quem você ama... Transforme o seu amor no dia a dia...

Faça-o e Refaça-o a cada manhã.

Pois quem te ama, ao abrir os olhos e sorrir para você,

Será outro... Bem diferente do ser que desmanchou-se de amor nos seus beijos de ontem... e adormeceu em seus braços.

Você fez alguém esquecer-se mundo, por sua causa.

Se acontecer isso, sorria também.

Pois você está amando.