segunda-feira, 30 de julho de 2007

Criando mundos dentro de si

Raramente me arrependo de escrever uma frase. O gesto de escrever redunda num prazer tão indescritível que é irrelevante procurar sentido em algumas palavras.

Morro de medo de revisores. Sou distraído demais para ficar atento aos pequenos detalhes que se espremem entre as letras que esqueço de digitar.

Me delicio especialmente ao falar do amor: Algo tão inesperado nos dias de hoje, onde alguns escritores adotaram a moral torta deste começo de século. É muito mais sedutor escrever sobre guerras, atentados ou sobre o Afeganistão (uma pequena digressão: Qual é o motivo, afinal, de tantos livros sobre o Afeganistão figurarem entre os mais vendidos? Quem souber, me explique).

Escrever sobre o amor é um exercício corajoso: Uma estrada tortuosa cheia de armadilhas da auto-ajuda, clichês quase sempre deliciosos, abismos das soluções fáceis e fórmulas batidas. É dificil falar de amor sem sentir aquele retrogosto de café requentado.

Se os meus leitores esperavam uma definição do amor, sinto decepcioná-los.

Tantos, muito melhores do que eu, já o definiram!

O meu jeito de amar é criando mundos dentro de mim.

Quando ao amor que vocês nutrem por alguém, encontrem as melhores palavras para significá-lo.

Afinal, esses mundos são seus.

Um comentário:

Anônimo disse...

definir o Amor ... incontestavel loucura !

Mar